Manaus, Domingo, 28 de Abril de 2024

Adaf participa da 2ª etapa da Caravana para Prevenção da Monilíase no Pará

10:34 - 26/10/2023

O objetivo é fortalecer o repasse de informações e prevenir a entrada da praga naquele estado

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) participou da segunda etapa da Caravana de Educação para Prevenção da Monilíase: é preciso conhecer para combater, no período de 16 a 20 de outubro, no município de Tomé-Açu, no nordeste do estado do Pará. O evento de educação sanitária teve o objetivo de fortalecer o repasse de informações sobre a praga, prevenindo a entrada da doença naquele estado.

A cidade de Tomé-Açu sediou a atividade por desenvolver a cacauicultura, e ser o único município paraense produtor de cacau com selo de Indicação Geográfica (IG).  O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) promoveu o evento, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).

 

A programação da atividade contou com a realização de rodas de conversa, mapa falante, dinâmicas de grupo, entre outras. O que, segundo o engenheiro agrônomo da Adaf Acássio Eugênio, “proporcionou às comunidades de agricultores, escolas, universidades e técnicos locais uma troca de saberes sobre a monilíase, seus sintomas nos frutos das plantas hospedeiras e a importância da notificação de sintomas suspeitos, bem como as principais medidas preventivas a serem adotadas para evitar a entrada da praga no estado”.

A produção do município paraense envolve cerca de 970 cacauicultores em uma área de 3.770 hectares. Em 2021, a produção foi de 2.748 toneladas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o cacau de Tomé-Açu alcançou quase R$ 33 milhões.

Primeira etapa

A primeira etapa da Caravana de Educação para Prevenção da Monilíase: é preciso conhecer para combater aconteceu, no período de 25 a 31 de agosto, nos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte (a 1.108, 1.121 e 1.137 quilômetros de Manaus, respectivamente), no Alto Solimões.

O evento foi organizado pelo Mapa, por meio do Serviço de Educação Sanitária, gestor do Programa Nacional de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária (Proesa) juntamente com a Superintendência Federal de Agricultura do Amazonas (SFA-AM) e a Adaf.

Doença

A monilíase do Cupuaçuzeiro e Cacaueiro, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, é uma praga devastadora que afeta plantas do gênero Theobroma e Herrania, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção de frutos, na renda dos agricultores e redução da oferta de cupuaçu e cacau no mercado.  

O primeiro foco da praga no Brasil foi identificado em julho de 2021, em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Em novembro de 2022, um novo foco da praga foi detectado em comunidades rurais ribeirinhas, nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, no estado do Amazonas.

Em 2023, um foco da doença também foi detectado na cidade de Atalaia do Norte.