Manaus, Terça-Feira, 16 de Abril de 2024

Amazonas busca reconhecimento internacional livre de febre aftosa com vacinação

17:08 - 19/02/2018

O novo Governo do Amazonas está dando destaque para a defesa agropecuária. Após o reconhecimento nacional do status de livre da febre aftosa com vacinação, o Amazonas sai em busca do reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), previsto para maio deste ano.

Na manhã desta segunda-feira (19/02), a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), órgão integrante do Sistema Sepror, deu início ao Workshop sobre a reestruturação e implantação do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) e fortalecimento das ações de defesa agropecuária no Estado do Amazonas. As metas foram definidas com base no convênio firmado com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), sob o n° 839205/2016, registrado no Sistema de Convênios (Siconv).

Ao todo, 21 médicos veterinários de vários municípios participam da atividade, que segue até esta quarta-feira (21/02). Entre as cidades que contaram com representantes, estavam Parintins, Careiro Castanho, Coari, Carauari, Boca do Acre, Guajará, Autazes, Manaus, Itacoatiara e Manacapuru.

Reconhecimento internacional – De acordo com diretor- presidente da Adaf, Sergio Muniz, esta é uma das ações voltadas para a obtenção do reconhecimento internacional do estado livre de febre aftosa com vacinação, no sentido de orientar os médicos veterinários que atuam nas Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV), no interior, sobre os processos administrativos, controle e fiscalização de trânsito através das barreiras volantes, cadastramento ou atualização cadastral de propriedades e produtores rurais, vigilância em propriedades consideradas de maior risco sanitário e a fiscalização de vacinação.

Atualmente, aproximadamente 29 mil propriedades no Estado do Amazonas estão cadastradas pela Adaf. “Esta é uma das ações de execução do convênio que vai servir para estruturar os serviços de defesa agropecuária da Adaf no interior do estado. Nós temos um compromisso de fazer cadastros e recadastramento de 25% das propriedades no Amazonas, que representam aproximadamente 5 mil propriedades rurais. Isso é um desafio muito grande, onde esta equipe estará responsável. Este é o momento para tirar dúvidas e nos comprometer com as metas estabelecidas pelo Mapa”, comentou.

Projetos – Fiscalização de eventos pecuários e atividades de educação sanitária farão parte da programação do workshop. Ainda segundo Sergio Muniz, ações de vigilância epidemiológicas pertinentes ao atendimento a suspeitas ou focos de doenças, também já foram iniciadas no município de Itapiranga. Para o cumprimento das metas também estão previstas a reforma de seis escritórios da Adaf, nos municípios de Apuí, Autazes (Novo Céu), Boca do Acre, Manicoré (Matupi), Urucará e Itacoatiara (Novo Remanso). O prazo para o cumprimento das metas segue até o dia 30 de junho deste ano.

“O convênio, no total de R$ 1.310.001.05 (um milhão, trezentos e dez mil, um real e cinco centavos) em custeio, está proporcionando um trabalho de execução das ações para o fortalecimento do sistema de defesa agropecuária no Estado do Amazonas e atende as recomendações do governador Amazonino Mendes e o secretário de produção rural, José Aparecido dos Santos”, destacou o diretor-presidente da Adaf, Sergio Muniz.

Comprovação – “Precisamos alcançar os 100% das propriedades, ou seja, indo a campo vamos conseguir comprovar que as propriedades existem, que as ações foram realizadas, que as vacinas estão sendo efetivas e que não existe mais a doença em nosso estado, por que estaremos literalmente nos 100% das propriedades”, destacou a médica veterinária e gerente da Unidade local de Autazes, Gigliola Clark.

Para o médico veterinário e gerente da Unidade de Guajará, Isac Franklin, a capacitação vai servir para nivelar informações técnicas. Guajará é um dos municípios do Amazonas fronteiriço com o Acre, uma das cidades mais distantes da capital. “Esse workshop para nós que estamos em unidade de ponta representa uma capacitação essencial para que possamos renovar as orientações e conhecimentos por meio da central para atuarmos com mais ênfase na defesa agropecuária”, comentou Isaac.