Manaus, Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Sepa registra a primeira desova natural de pirarucu no CTTPA de Balbina

14:53 - 23/04/2018

Pela primeira vez, o Centro de Treinamento, Tecnologia e Produção em Aquicultura (CTTPA) de Balbina, mantido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Pesca e Aquicultura (Sepa), que integra o Sistema Sepror (ADS, Adaf, Idam, Seapaf), registra a desova natural de pirarucus criados em cativeiro. O nascimento inédito vai baratear os custos dos alevinos de pirarucu para o produtor amazonense, afirma o chefe do Departamento de Pesca e Aquicultura da Sepa/Sepror, Jeffson Nobre.
 
“Eles já medem cerca de seis centímetros e estavam em um tanque escavado no CTTPA – Balbina, e por conta dos predadores naturais, principalmente das aves, foram transferidos para tanques de alvenaria”, disse Jeffson Nobre.
A captura dos alevinos de pirarucu foi realizada na última sexta-feira (20) com o auxílio de uma espécie de malhadeira específica para peixes pequenos. Neste novo berçário, os alevinos vão passar por um treinamento nutricional. Inicialmente receberão alimentos vivos – zooplânctons – juntamente com a ração que contém 55% de proteína bruta. “Essa transição é importante para que eles se adaptem com a alimentação artificial usada pelos produtores”, disse Jeffson Nobre.
Matrizes – Há pouco mais de um ano, as matrizes de pirarucu foram previamente selecionadas e ficaram em viveiros de 350 metros quadrados. Esses casais de peixe foram alimentados com ração comercial e peixe forrageiro (que servem de alimento para peixes carnívoros) e há cerca de 20 dias, nasceu a primeira ninhada. 
Jeffson Nobre explica que a iniciativa pioneira no Amazonas visa a criação e reprodução dos pirarucus, com o objetivo de realizar pesquisas de nutrição desta espécie, além promover a redução dos custos de alevino de pirarucu.
“Sabemos que os preços desses alevinos são altos, por isso, além de dispor de espécies para estudos na estação de Balbina, se tivermos maior disponibilidade destes alevinos iremos baratear os custos para o produtor”, finalizou Jeffson Nobre.