Hamilton Casara se despede da Adaf e destaca fortalecimento da defesa agropecuária e florestal no Amazonas
O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (ADAF), Hamilton Casara, deixou o comando da pasta nesta quinta-feira, 5. Em último ato realizado com os servidores da Adaf, Hamilton se despediu ressaltando o trabalho e o fortalecimento da defesa agropecuária e florestal no Estado. Casara deixa o cargo após o anúncio do novo secretariado apresentado hoje pelo governador do Amazonas, Amazonino Mendes, (PDT), e seu vice, Bosco Saraiva (PSDB), que tomaram posse na manhã de ontem.
Durante sua fala Casara enalteceu a Adaf como órgão guardião do produtor rural, do consumidor e da população de modo geral. Segundo ele, é o órgão que desempenha ações de prevenção, controle e monitoramento em defesa do serviço agropecuário no Estado. A despedida foi marcada, ainda, por agradecimentos aos servidores da Adaf pela dedicação, abnegação e superação a frente do órgão. Casara também lembrou os antigos Governos dos quais participou destacando que o apoio da estrutura do Governo do Amazonas contribuiu para o fortalecimento do serviço agropecuário e florestal no Estado.
Foi na gestão de Hamilton Casara que a Agência passou por um processo de reestruturação com treinamento dos servidores, estabelecimentos de metas, confecção dos planos de ações e, o mais importante na visão dele, ter exercitado o diálogo do grupo gestor da sede da Adaf, em Manaus, com os 51 escritórios no interior.
“Isso foi um ganho importante entre todos os esforços que já estavam sendo realizados, mas esse fortalecimento a esse processo de integração, compartilhamento, parcerias e principalmente envolvendo a Adaf com sistema de governo, com os municípios, o setor privado, com as entidades de classe permitiu com que a Adaf ampliasse sua capilaridade de atendimento ao usuário e acima de tudo iniciasse um processo de controle social dos serviços prestados pela agência”, destacou.
Integração – Casara relembrou os esforços que foram realizados para alcançar a integração da Agência com os órgãos do setor como o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Superintendência de Agricultura do Amazonas (SFA) e a Federação da Agricultura Pecuária do Amazonas (FAEA). Segundo ele, a integração alcançada diminuiu a distância dos órgãos estaduais com os federais.
Outro ponto destacado por Casara foi o Estado alcançar o status de área livre de febre aftosa com vacinação ficando para o próximo gestor continuar o trabalho e alcançar o reconhecimento internacional de área livre sem aftosa e sem vacinação através da Organização Mundial de Saúde (OIE), em Paris.
“Com a consolidação e a homologação do Amazonas livre pelo Mapa, o Estado passa por uma segunda fase de certificação internacional. Nesse momento com certeza o atual governo junto com o Sistema Sepror e privado vão fazer um esforço preparatório para que em 2018 o Amazonas receba não somente auditoria de rotina do MAPA, mas esteja recebendo missões internacionais pertinentes aos países compradores de carne”, destacou.
Conquistas – Casara também ressaltou que as parcerias foram um ponto forte de sua gestão. O trabalho conjunto com outros órgãos, de acordo com ele, como os acordos de cooperação técnica com estados vizinhos para desenvolver ações articuladas para a execução de atividades inerentes à defesa agropecuária em conformidade com o Sistema Unificado de Atenção á Sanidade Agropecuária (Suasa) é um exemplo desta parceria. Entre os termos firmado estão as Agências de Defesa de Rondônia (IDARON), de Roraima (ADERR), Pará (ADEPARÁ) e o Instituto de Defesa Agropecuária do Acre (IDAF), além do termo de cooperação com o Conselho de Medicina Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV).
“Os termos firmados foram extremamente importantes dentro das regras gerais, pois cada um trouxe fatores específicos ,Rondônia além do monitoramento do trânsito e controle da febre aftosa, nos temos um mercado comum que se une por conta das exportações de alguns produtos vegetais do Rio Madeira para o estado de Rondônia, pois todos esses produtos que são produzidos na Calha do Madeira, Manicoré, Novo Aripuanã, além de Humaitá eles são exportados para região de Porto Velho/Rondônia, assim como o Acre e Roraima por parte da pecuária. Com o Pará e até mesmo o Amapá, todos os produtos que vem dessas regiões, sejam gados ou insumos agropecuários adentram ao estado do Amazonas através de Nhamundá e Parintins que ficam na região do Baixo Amazonas e, por isso essa parceria foi muito importante com a agência paraense”, comentou.
Outra conquista de peso para a Adaf destacada por Casara foi a aprovação da Lei nº 4.417 conhecida como Lei das Taxas aprovada e sancionada em 29 de dezembro do ano passado. A legislação, de acordo com Casara, vem dar um suporte financeiro assegurando a ampliação do serviço de defesa agropecuária e florestal, principalmente, nos municípios do interior onde se concentra o maior número de produtores. A Lei dispõe sobre a criação de taxas no âmbito dos serviços de Defesas Animal e Vegetal, Inspeção Animal, Agrotóxicos e Insumos Veterinários no Amazonas.