Em audiência pública Adaf participa para discutir sobre abate clandestino
Com objetivo de coibir o abate clandestino de animais e a comercialização de produtos de origem imprópria ao consumo humano, o Governo do Amazonas por meio da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), órgão vinculado à Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), participou nesta quarta-feira, 1o de novembro de audiência pública no município de Manaquiri, a 156 quilômetros de Manaus.
De autoria do membro da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca, Abastecimento e Desenvolvimento do Campo, vereador Ewerton Jacob, a audiência pública é uma iniciativa da Câmara Municipal de Manaquiri envolvendo todos os órgãos do setor primário, a prefeitura municipal e a Adaf.
“ É de uma relevância essa propositura. Convidamos todos os órgãos especialmente a Adaf que é um órgão que fiscaliza. Nós temos um problema crônico aqui em Manaquiri que é essa questão do Abate ou a clandestinidade como é bem colocada. Então nós precisamos, regularizar essa situação, por que hoje a ponta de lança como eu costumo chamar, que é o pequeno criador aqui do nosso município, que é extremamente prejudicado, causando prejuízo não só pra economia do município, mas propriamente para o criador”, comentou.
O evento foi motivado em razão dos riscos sanitários em consequência do abate de animais, como por exemplo bovinos. Em julho deste ano, a Adaf em uma ação de operação de combate a clandestinidade apreendeu meia tonelada de carne sem procedência no município de Manaquiri. A carne apreendida poderia causar riscos para a saúde pública pelo consumo, entre as doenças, a tuberculose, brucelose, salmonelose que são Doenças Transmissíveis por Alimentos (DTA’s).
De acordo com o gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Haruó Takatani essa audiência serviu para explicar e esclarecer a importância da legalização de ter no município uma sala de abate para obtenção de produtos inspecionados. “É muito importante termos um momento como este. A Adaf existe por uma necessidade, pois é um órgão fiscalizador, mas atua orientando, educando os produtores rurais, acompanhando a defesa sanitária animal”, comentou.
Para o prefeito do município, Jair Souto, o evento oportunizou esclarecer a sociedade o papel de cada órgão. “Na realidade o que a gente nesse momento mais tem dificuldade é esclarecer a sociedade o papel de cada órgão e esse momento foi importante, e, sobretudo as exigências com base legal no controle da saúde pública, no controle da saúde animal, enfim. E a minha preocupação é realmente toda a ação educativa. Nós temos partes dos nossos agricultores que muitos ainda tem dificuldades de compreender as exigências, as normas deste processo”, comentou.
Participaram da audiência pública, produtores rurais, criadores, vereadores, prefeitura municipal, representantes da Secretaria de Produção Rural do município, órgãos de vigilância sanitária do Estado e do município e o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário Florestal e Sustentável (Idam).