Adaf participa de processo de certificação do queijo de Autazes
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) participa dos primeiros passos rumo à certificação de Indicação Geográfica (IG) para o queijo de Autazes. Na última semana, uma equipe da Adaf participou de reunião com produtores rurais na comunidade de Novo Céu, naquele município, juntamente com consultores da Inovates, empresa contratada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com o objetivo de preparar os produtores para o processo de certificação.
A IG, certificação concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), é usada para identificar a origem de produtos ou serviços quando o local se torna conhecido ou quando determinada característica ou qualidade do produto se deve a sua origem. No Amazonas, há atualmente quatro indicações chanceladas: a farinha de Uarini, o peixe ornamental de Barcelos, o guaraná de Maués e o abacaxi de Novo Remanso. A certificação agrega valor aos produtos e abre novas oportunidades de mercado para os pequenos produtores.
A fiscal agropecuária médica veterinária Nádia Valente, responsável pela Coordenação de Leite e Derivados, assinalou a necessidade de regularização dos produtos, assim como dos estabelecimentos certificados que se encontram com pendências, orientando os produtores a procurarem os escritórios locais para adequação.
A fiscal agropecuária médica veterinária Lilian Toffanetto ressaltou, durante o encontro, que as queijarias devem manter seus cadastros atualizados na Adaf e o registro ativo no Serviço de Inspeção Estadual (SIE), para assegurar que os produtos atendem a boas práticas sanitárias e são seguros para o consumo. “É de suma importância manter a regularidade junto à Adaf. O produto pode ser referência, mas a queijaria tem que ter registro”, ressaltou.
Outro ponto enfatizado pela equipe da Adaf, durante a passagem por Autazes, foi a vacinação contra brucelose, doença que acomete as fêmeas bovinas e bubalinas e que pode comprometer a produção leiteira. A fiscal agropecuária médica veterinária Angélica Martina, coordenadora do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), destaca que a vacinação é obrigatória, assim como a notificação junto à Adaf. A agência prorrogou até o dia 18 de junho o prazo para comprovação da vacinação contra brucelose no Amazonas.
O município de Autazes é um dos principais produtores de queijo do Amazonas. No ano passado, as queijarias do município produziram 173,4 toneladas do produto, atrás apenas de Manicoré e Manaus. O consultor da Inovates, Anselmo Bun Junior, explica que essa fase inicial de preparação junto aos produtores deve demorar oito meses.