Adaf monitora armadilhas da mosca-da-carambola em Nhamundá
Dispositivos são analisados a cada 15 dias para monitorar a ocorrência da praga naquela área
Servidores da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) que atuam na Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav) de Nhamundá (distante 383 quilômetros de Manaus) estão realizando, nesta semana, uma ação de monitoramento de armadilhas tipo Jackson, utilizadas como estratégia de monitoramento da praga quarentenária Mosca-da-Carambola. A checagem dos dispositivos acontece naquela localidade a cada 15 dias.
No Amazonas, o monitoramento é feito pela Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (SFA-AM), e desde 2020, a Adaf realiza o monitoramento em Nhamundá e Parintins (distante 369 quilômetros de Manaus).
O gerente de defesa vegetal da Adaf, Sivandro Campos, afirma que Nhamundá conta com oito armadilhas instaladas, todas na sede do município. “O número de armadilhas é definido levando em consideração a extensão territorial. Instaladas as armadilhas, as nossas equipes monitoram se houve ou não a captura da mosca, e verificam se os dispositivos precisam ser substituídos”, explica.
As armadilhas do tipo Jackson são compostas por estruturas de papel resinado, com uma base colante que prende os insetos atraídos por feromônio específico. O Amazonas não possui registro da ocorrência da mosca-da-carambola. A praga tem potencial para gerar grandes danos à fruticultura e ataca 30 espécies, como manga, goiaba, tomate, acerola, pimenta-de-cheiro, laranja e carambola, entre outras.
Aqui no Amazonas, a Adaf é o órgão responsável por prevenir a entrada desta ameaça, que já está presente no Brasil. Este trabalho consiste na promoção de ações de Educação Sanitária e na fiscalização do trânsito de vegetais por meio das suas Barreiras de Vigilância Agropecuária (BVAs).
Para Sivandro, todo o trabalho realizado pela Adaf precisa ser multiplicado por todos os amazonenses. “Para continuarmos sem a ocorrência da mosca-da-carambola é essencial que produtores, turistas e a população local não transportem para o Amazonas frutos hospedeiros cultivados em locais que possuem a praga”, ressaltou.